Introdução ao Blog

Introdução ao Blog


O meu blog retrata um pouco do meu percurso/caminho profissional e académico, percorrido essencialmente ao longo deste ano lectivo 2010|2011.

Foi minha intenção, apresentar neste Blogue uma diversidade de informação, com o objectivo de o tornar interessante para consulta. Todas as mensagens presentes nele, estão relacionadas com os conteúdos da disciplina de Método Didáctico Geral e Especifico.

Prestes a terminar o Complemento de Formação entre momentos de grande ansiedade e alegria, eis que o desafio está a chegar ao fim.


Estamos todos de PARABÉNS!


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Os Quatro Pilares da Educação - Jacques Delors


Na nossa sociedade actual, com o seu ritmo acelerado, com uma grande competição pelos lugares de destaque, pelas mudanças rápidas nas novas tecnologias obrigando a que cada um se adapte aos novos contextos o mais rapidamente possível sob pena de ser ultrapassado tornou-se obrigatório pensar-se na educação ao longo da vida e para a vida. E é neste contexto que Jacques Délors, numa altura em que os sistemas educativos formais tendem a privilegiar o acesso ao conhecimento, em detrimento de outras formas de aprendizagem, importa conceber a educação como um todo. Esta perspectiva deve, no futuro, inspirar e orientar as reformas educativas, tanto em nível da elaboração de programas como da definição de novas políticas pedagógicas.

Nesta linha de pensamento, a educação ao longo de toda a vida baseia-se em quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos, aprender a ser.

Aprender a conhecer, combinando uma cultura geral, suficientemente vasta, com a possibilidade de trabalhar em profundidade um pequeno número de matérias. O que também significa: aprender a aprender, para beneficiar das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida.

Aprender a fazer, a fim de adquirir, não somente uma qualificação profissional mas, de uma maneira mais ampla, competências que tornem a pessoa apta a enfrentar numerosas situações e a trabalhar em equipa. Mas também aprender a fazer, no âmbito das diversas experiências sociais ou de trabalho que se oferecem aos jovens e adolescentes, quer espontaneamente, fruto do contexto local ou nacional, quer formalmente, graças ao desenvolvimento do ensino alternado com o trabalho.

Aprender a viver juntos, desenvolvendo a compreensão do outro e a percepção das interdependências — realizar projectos comuns e preparar-se para gerir conflitos — no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz.

Aprender a ser, para melhor desenvolver a sua personalidade e estar à altura de agir com cada vez maior capacidade de autonomia, de discernimento e de responsabilidade pessoal. Para isso, não negligenciar na educação nenhuma das potencialidades de cada indivíduo: memória, raciocínio, sentido estético, capacidades físicas, aptidão para comunicar-se.

No Relatório para UNESCO da Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI, elaborado por Jacques Delors, em 1996 (Os Quatro Pilares da Educação), aborda-se a Educação ao longo de toda a vida. Fala-se do bons exemplos sueco e alemão, sendo que na Suécia os adultos continuam a estudar mesmo depois de terem o seu percurso profissional e decidido, enquanto que na Alemanha os autores enaltecem o sistema duo, ou seja os indivíduos recebem formação numa determinada área escolhida pra sobreviver e seguidamente fazem aquele curso que sempre quiseram fazer para obter maior satisfação pessoal e de realização.

O conceito de educação ao longo de toda a vida é a chave que abre as portas do século XXI. Ultrapassa a distinção tradicional entre educação inicial e educação permanente. Aproxima-se de um outro conceito proposto com frequência: o da sociedade educativa, onde tudo pode ser ocasião para aprender e desenvolver os próprios talentos.

Nesta nova perspectiva a educação permanente é concebida como indo muito mais além do que já se pratica, especialmente nos países desenvolvidos: actualização, reciclagem e conversão e promoção profissionais dos adultos. Deve ampliar a todos as possibilidades de educação, com vários objectivos, quer se trate de oferecer uma segunda ou uma terceira oportunidade, de dar resposta à sede de conhecimento, de beleza ou de superação de si mesmo, ou ainda, ao desejo de aperfeiçoar e ampliar as formações estritamente ligadas às exigências da vida profissional, incluindo as formações práticas.

Em suma, a “educação ao longo de toda a vida”, deve aproveitar todas as oportunidades oferecidas pela sociedade.

entrevista a Jacques Delors

domingo, 24 de outubro de 2010

Comentário ao Blog do Paulo Zenha


Logo que abri o Blogue, pensei que iria ter pouco trabalho a analisá-lo, uma vez que a informação era escassa, mas da mesma forma que fiquei surpreendida com esta situação, o meu colega pregou-me uma partida. Mal consultei o seu perfil, reparei na existência de outro Blogue, este já com muito mais informação e com um design mais apelativo para leitura.

No seu geral, e analisando os dois blogues em conjunto,  tem alguma variedade de informação solicitada pelo Professor Carlos Jorge. 

Guerra do Fogo


Investigadores de Palmo e Meio - Mistério do Crime Ambiental

Esta história, serviu de introdução para o trabalho de Ecologia, Matemática e Expressão Plástica.



Este trabalho foi publicado com a autorização de todos os elementos do grupo de trabalho.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ensinar é Investigar - Um Itinerário Pedagógico

No âmbito da disciplina de Metodologias de projecto orientada pelo Prof. Carlos Jorge, foi solicitado apresentarmos um trabalho de grupo cujo tema era baseado no Modelo “Ensinar è Investigar”.

Foi um desafio complexo, pela dificuldade de documentação, mas em contrapartida estimulante e podémos contar com o apoio da Dra. Dulce Lavajo que, com a sua simpatia, nos recebeu num final de tarde, o qual aproveito para manifestar os meus sinceros agradecimentos.

Conversando e analisando este Modelo verifiquei, com muito agrado, que para além de me identificar com ele, também é facilmente adaptável ao pré-escolar, servindo como uma óptima base de trabalho, uma vez que promove constantemente o sentido de aprender investigando.




Este trabalho foi publicado com a autorização de todos os elementos do grupo de trabalho.

Estaremos a formar uma sociedade baseada no ter pelo ter esquecendo o ser pelo ser, o ser pelo outro e com o outro?



terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ser Educador



Ser educador é pintar o mundo de todas as cores

É poder fazer sorrir as crianças
É vê-las crescer...
É ajudá-las a aprender.
Ser educador é profissão de amor
E deixar em cada criança
A lembrança de um mundo melhor.

Ser educador é ser poeta
É ser pintor,
É ser palhaço,
É ser actor.

Ser educador é ser criança
É ser adulto
É ter esperança.

Ser Educador é...
Ser transmissor de verdades, De inverdades...
Ser cultivador de amor, De amizades.
Ser convicto de acertos, De erros.
Ser construtor de seres, De vidas.
Ser edificador.
Movido por impulsos, por razão, por emoção.
De sentimentos profundos,
Que carrega no peito o orgulho de educar.
Que armazena o conhecer,
Que guarda no coração, o pesar
De valores essenciais
Para a felicidade dos “seus”.

Ser criança


Ser criança
É não contar o tempo
Que há para viver

É sorrir com lágrimas
Pedindo ternura
Em troca de beijos

É poder brincar
Em jardins bonitos
Sem poluição

É não querer as guerras
Que espalham o medo
E matam os sonhos

É poder crescer
Sereno e feliz
Num mundo diferente

É guardar para sempre
Da infância breve
Imagens tão belas
Como o sol nascente

Um conto



Aqui vai uma história elaborada por um grupo de pais que na festa de final de ano nos presenteou com uma surpresa.

Achei muito interessante e gratificante para toda a minha equipa. Retrata alguns pontos bastante curiosos e demonstra como é importante quando trabalhamos com amor e dedicação.
 

Num belo dia de Verão imaginei-me perante uma plateia repleta de bons amigos e então propus-me falar sobre a minha escola. Falava em meu nome mas, certamente, que as bem merecidas palavras que dedicava à minha escolinha saiam também todas elas do coração dos meus eternos amiguinhos e amiguinhas e então dizia o meu coração o seguinte:



Falo do meu Sol dos Pequeninos, um pequeno paraíso que faz a minha delícia, desde logo, porque o Sol me faz lembrar a praia que eu tanto adoro e toda a diversão a ela associada. Porém, acreditem que tudo brilha na minha escola, até mesmo quando as coisas não correm lá muito bem, porque as professoras também estão lá para nos educar e nos ensinar regras que, na realidade e à medida que ficamos grandes, temos de com elas conviver – E para nosso bem –. Agora, quando a matéria toca à diversão e carinho, lá estamos nós a ser tratados como verdadeiros Príncipes e Princesas.
 
E, para terem só uma pequenina ideia do que falo, prestem atenção ao meu dia a dia no paraíso chamado Sol dos Pequeninos. Desde logo;

Bom dia Alegria é a palavra-chave, que já me faz acreditar que vou ter um dia feliz ao jeito de – “Abram a cortina que o espectáculo vai começar”- e disso é que a Tia Inês gosta, pois está sempre a pensar em muitas surpresas, então à sexta-feira é que ela dá asas àquela super imaginação. De seguida,

Olho em frente e recordo a subida das escadinhas que me faziam dizer adeus à mamã com uma lagriminha no olho, mas que agora a Mónica, a Carla, a Ana, a Cati e muitas vezes a Zeza, fazem aos meus amiguinhos pequeninos o que me faziam a mim, e num golpe de magia as lágrimas dão lugar a grandes abraços, beijinhos, muitos sorrisos à mistura e então fica tudo bem mais calminho – e é mesmo assim a minha escola. Mas,

Agora o que eu quero mesmo é chegar à minha sala – e isto é verdade – até anseio por esse momento desde o dia anterior. Porém, no percurso que me leva até lá não posso ficar indiferente à alegria contagiante daquela Denise, é que ela está sempre bem-disposta, brinca, brinca, enquanto a Fabiana organiza os trabalhinhos do dia para os amigos da sua sala. E,

Mais uns passinhos à frente e já ouço o vozeirão do nosso querido Tio Paulo, o verdadeiro génio da escola, porque ele é Ginástica, Ténis, Música e também tio daquela malta toda e então aproveito para lhe dar também bons dias. E agora,

Alto aí que já consigo avistar a minha salinha e alguns amigos, porém, não posso deixar de reparar nos amiguinhos da sala dos 3 Anos que, sob os comandos do General Natália e sempre com o olhar muito atento e sereno da Inês, já estão perfilados na “parada” de onde partirão para a aula de Ginástica com o nosso Tio Paulo – Uma maravilha de se ver!

E já depois de tanta emoção em tão curta viagem eis-me, finalmente, na minha sala e aqui, sim, é que eu sou mesmo feliz, pois tenho bem concentrados os ingredientes dessa felicidade senão vejam;

Tenho duas professoras maravilhosas, cada uma delas com um jeito diferente de ser, mas que de serem tão boas e perfeitas só consigo pensar numa, pensando nas duas – e agora acho que falei muito bem. Tenho a Sónia e a Marlene a quem tiro todos e mais um dos meus chapéus pela sua superioridade, generosidade, companheirismo, bondade, inteligência, amizade e, sobretudo, pelo seu saber. Também,

Tenho os meus queridos amigos e aqui se pudéssemos estar o dia todo, não faltaria o que dizer de bom sobre eles, pois acreditem que nem nas minhas férias me consigo esquecer de todos eles. Mas também,

Não posso esquecer a minha sala pelos brinquedos e até pelos trabalhinhos que faço sempre com muito empenho, nunca querendo ter trabalhos em atraso.

Também temos dança com a Lisa, que nos ensina a brilhar nas festinhas que fazem a delícia dos nossos papás e também a Esmeralda na aula de Karaté.

E com o passar dar manhã começa a vir um cheirinho fantástico daquela cozinha, que me faz começar a sonhar com o almoço e aqui a Deolinda não deixa os créditos por mãos alheias, pois é cada pratinho de comida tão bom que como e “choro” por mais. Também estes almoços são um convívio fantástico porque, subitamente, triplicamos e o inevitável acontece – muita alegria à mesa – é fantástico, porque eu chego até a saber os nomes de todos aqueles amiguinhos das outras salinhas – porque a família já é grande! E aqui também a Alexandra dá uma ajudinha aos mais distraídos e preguiçosos.

De vez em quando também contamos com umas professoras muito novinhas que têm bué de paciência para nós e foi, de entre algumas, que ganhámos a Samanta.

E quanto ao resto do meu dia, ele divide-se entre magníficas brincadeiras no jardim, respeitando sempre o soninho dos mais pequeninos, aulas de Inglês, trabalhinhos e outras actividades que são sempre muito apelativas e que, por essa razão, nos desperta muito os sentidos.

Às vezes fico no prolongamento com a Cati, a Alexandra, a D. Júlia, às vezes a Samanta e a Tia Inês e aqui, mesmo que veja a maioria dos meus amigos regressarem para as suas casas mais cedo do que eu, é uma alegria sentir que não fico ali esquecido, continuo a ser eu com os direitos que tenho a continuar a brincar até me virem também buscar e depois – Amanhã um novo dia virá.

Porém, está para breve o dia em que não poderei dizer mais “Amanhã é um novo dia no meu Sol dos Pequeninos”, porque já me encontro de partida para uma nova página na minha pequena vida – a Escola Primária –, mas a saudade que virei a sentir e o sentimento que nutro por esta minha escolinha faz-me ser a criança mais feliz do Mundo e poder recordar em pleno os maravilhosos anos da minha vida, passados grande parte deles no Sol dos Pequeninos, faz também de mim uma criança muito privilegiada.

E é agora em jeito de homenagem e até de despedida que dedico esta minha redacção:

Aos meus pais por me terem proporcionado todos estes momentos de felicidade com a escolha para mim do Sol dos Pequeninos e também ao Sol dos Pequeninos por toda a grandeza e superioridade, o meu bem haja pelos anos em que fui aqui tão feliz, prometendo que assim vou continuar a ser, quanto mais não seja por me terem semeado tanta riqueza ao longo destes anos que, certamente, dará colheitas de óptimos frutos no me futuro.

Com um até sempre

Me despeço da minha escola

Pedindo que encontre

Na nova escola

Este Amor na altura em que para lá entre. 

Porquê recriar as histórias de todos os Tempos?



Ao longo de vários anos do colégio Sol dos Pequeninos do qual eu faço parte como proprietária e Directora pedagógica, tenho tido o privilégio de contactar com diversas entidades e pessoas particulares, que colaboram connosco no âmbito de nos proporcionar espaços que se assemelhem o mais possível aos das histórias em questão e onde são então recriadas essas histórias. Nessas mesmas recriações as personagens interagem com as crianças proporcionando-lhes verdadeiros momentos de grande fantasia, alegria, imaginação, transpondo-as para um mundo fabulosamente Mágico, onde o verdadeiro e o mágico se confundem.



Aqui no blog apresento um pouco do que a imprensa noticiou.


Notícia Sol dos Pequeninos 1

Notícia Sol dos Pequeninos 2

Notícia Sol dos Pequeninos 3

Notícia Sol dos Pequeninos 4

Notícia Sol dos Pequeninos 5

Notícia Sol dos Pequeninos 6

Notícia Sol dos Pequeninos 7

Notícia Sol dos Pequeninos 8

Notícia Sol dos Pequeninos 9

Notícia Sol dos Pequeninos 10


A importância do conto:


Os contos deixam fluir o imaginário e levam a criança a ter curiosidade. É a possibilidade de descobrir um mundo imenso de conflitos, de impasses, de soluções que todos vivem e atravessam, de um jeito ou de outro, através de problemas que vão sendo defrontados, enfrentados (ou não) resolvidos (ou não) pelos personagens de cada história.



Estamos pois a proporcionar momentos de brincadeira e aprendizagem em que poder sorrir, dar gargalhadas com situações vividas pelos personagens são momentos inesquecíveis.



Os contos são deveras importantes na formação da personalidade da criança É o inicio da aprendizagem para ser um bom leitor, tendo um caminho infinito de descobertas e de compreensão do mundo.